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GOVERNO DA BAHIA APRESENTA

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UMA REALIZAÇÃO DE LUA DE MARÉ PRODUÇÕES E TRANSATLÂNTICA

UM FILME DE LARA CARVALHO

Confira abaixo o texto de making of produzido pela diretora, roteirista e co-produtora executiva do curta, Lara Carvalho.

introdução

Fazer cinema independente é um processo demorado, caro e difícil, mas também é apaixonante, divertido e, é claro, colaborativo.

Por isso, quis preparar esse making of exclusivo sobre o filme – com muito carinho e cuidado, o mesmo que nossa equipe dedicou ao nosso curta ao longo dos últimos anos. Se você trabalha com audiovisual, acho que vai se identificar com muito do que vou falar por aqui. Se você não trabalha na área, vai descobrir um pouco mais sobre todas as etapas que envolvem fazer um filme. Em ambos os casos, você certamente vai saber mais sobre como foi fazer esse filme e espero que gostem disso :)

como nasce um filme

Um filme ou uma ideia, de forma geral podem nascer de qualquer lugar. Dando uma oficina outro dia eu brinquei que era como uma faísca, aquele feixe de luz que surge rápido feito relâmpago e você precisa alimentar até ele virar um fogo brando.

 

No caso de 56 Dias, o filme nasceu de uma história vivida. Não há motivo pra criar mistério, então lá vai: entre 2016 e 2017, que foram particularmente anos bem conturbados pra mim, me envolvi com uma pessoa e, depois que as coisas terminaram entre a gente, me descobri grávida.

Fiquei grávida e demorei pra conseguir admitir isso pra mim mesma. Comprei dois testes de gravidez e não fiz nenhum, porque não queria ver o resultado, embora já soubesse qual era. Eu estava acompanhando meus ciclos, eu sabia que minha menstruação estava atrasada, eu sabia que meu corpo estava passando por outro processo. Demorei pra entender o que eu queria fazer diante da situação. E, uma vez que decidi, me deparei com a falta de dinheiro para buscar o que eu queria: um remédio.

Mas a vida não pára, mesmo quando estamos passando por poucas e boas, então me vi tendo de seguir com as responsabilidades, os compromissos e as relações que eu tinha. Uma forma de escapismo, talvez? Uma forma de evitar o confronto com a realidade? Ou de seguir confrontando a realidade apesar dos pesares? Perguntas que levei pra terapia depois, não se preocupem, mas deixo elas aqui na ordem que elas foram surgindo pra mim, rs.

Tive muitos sonhos vívidos nesse meio tempo, frutos do meu inconsciente e da minha ansiedade latente.

Nessa de tentar manter alguma normalidade enquanto eu tentava juntar dinheiro – e entrava em um ciclo meio autodestrutivo –, acordei certo dia com uma dor absurda. Fui para o chuveiro. quando olhei para os azulejos, vi o sangue escuro e coagulado escorrendo pelo ralo. passei o dia dividida entre me contorcer de dor na cama e me contorcer de dor no box do chuveiro.

Meu corpo começou a se recuperar, lentamente, mas a recuperação mental e psicológica levou mais tempo. Demorei pra falar com outras pessoas sobre ter ficado grávida e sobre ter tido um aborto espontâneo.

 

Mas foram 56 dias. 56 dias de gravidez. 56 dias de incertezas. 56 dias de ansiedade. 56 dias de silêncio. Mais até, já que demorei de falar sobre.

Quando levei pra terapia, senti que abri uma porteira e tudo que eu tava sentindo e segurando dentro começou a transbordar. Escrevi um poema. Escrevi um conto. Fiz um ritual. pintei desenhos com o sangue da menstruação que veio dois meses depois do aborto, meus ciclos ainda desregulados. voltei a olhar pro meu corpo e pros meus ciclos. Comecei a falar sobre com as pessoas ao meu redor.

O tempo passou.

E, em 2019, quando o edital setorial de audiovisual abriu, disse pra Sté Souto, que acompanhou todo esse processo, que queria completar esse ciclo transformando essa história em filme.

Escrevi o projeto, chamei ela pra colar comigo na produção executiva e fomos selecionadas.

Na hora de escolher quem eu queria no papel da personagem protagonista, só veio Laís Machado na minha mente, tanto pela admiração que tenho pelo trabalho delu e pela amizade e intimidade que temos, quanto por termos trocado muito quando comecei a falar sobre o meu aborto.

Eram as duas pessoas que estavam confirmadas pro projeto antes mesmo da verba ser liberada. começamos a pensar e conversar sobre o filme, que seria gravado em 2020.

 

Até que veio a pandemia.

Olha, você estava lá, você viveu a pandemia, não preciso falar sobre o caos que foi esse período em nossas vidas. Você sabe que tudo entrou em hiato e isso inclui o projeto do filme. Durante os dois anos em que ficamos nesse limbo, várias versões de 56 Dias existiram.

Existiu o roteiro que foi inscrito, existiu o roteiro pensado pra realidade pandêmica – quando achamos que o isolamento não demoraria muito –, existiu o roteiro que foi repaginado quando vimos que a realidade era outra, existiu o roteiro após os insights que todo o período isolada dentro de casa trouxeram.

E aí chegamos na versão final do roteiro. Pra quem faz audiovisual, vocês sabem também que essa é apenas a versão final escrita. Existe a versão final do tratamento, mas existe a versão do filme no planejamento da pré, a versão do filme que é gravada, as diversas versões da montagem e da pós, até chegar nas diversas versões que chegam ao público, porque cada pessoa vai ver e entender o filme de um jeito.

 

Mas vamos com calma, né? Voltando pra ordem cronológica: finalizei o roteiro em 2021 e fiz alguns ajustes menores até chegar no tratamento de 2022, que é quando gravaríamos o filme. mas, contudo, todavia, mais um obstáculo: o aquecimento global. A gente tinha previsto a gravação do curta pra dezembro de 2022, mas quem disse que a chuva parava? Como tínhamos pouca grana pra aluguel de equipamentos e dois dias de externas na praia, precisávamos contar com a luz natural pra ajudar a gente. Eis que tomamos uma decisão: adiar, pela última vez, as gravações para janeiro de 2023, quando o verão já tivesse assentado e garantisse o sol que a gente precisava.

Com isso, partimos pra nossa pré-produção. Vamos falar sobre ela?

pré-produção

Comentei ali em cima que durante a pandemia surgiram várias versões do filme até chegarmos na versão final do roteiro, certo? Bom, pois na hora de finalmente executarmos o projeto e começarmos a pré-produção, enfrentamos um problemão: o orçamento que tinha sido aprovado pelo edital já não fazia mais sentido considerando o tanto de inflação que sofremos durante e após a pandemia. O valor dos insumos e serviços aumentaram muito e, pra realizar o filme da forma como a gente queria realizar, a gente precisaria de uma estrutura diferente da pegada intimista e minimalista que imaginamos inicialmente.

 

Eis que surgiu aquele momento das trevas na vida adulta de qualquer pessoa: pegar o primeiro empréstimo. Foi com esse empréstimo, e com o investimento de uma reserva que tinha feito nos últimos anos, que conseguimos juntar o valor necessário para produzir o filme. Foi por esse motivo, também, que acabamos abrindo o financiamento coletivo depois. Sigo pagando esse empréstimo e tentando repor essa reserva até hoje, por isso agradeço de coração a todo mundo que ajudou da forma que podia, com o valor que podia <3

E agradeço imensamente, é claro, a toda a equipe que topou fazer esse filme, de orçamento limitado, com muito carinho e muita dedicação. Uma equipe que foi sendo formada aos pouquinhos, pensando em pessoas com quem já tínhamos trabalhado ou que tivessem sido recomendadas pra gente e que, é claro, admiramos muito enquanto profissionais. Foi assim que chegamos em Fabíola Silva, vulgo Fabs, nossa diretora de fotografia que trouxe Tamires Almeida, Bruxa Pr3t4 Audiovisual, como assistente de câmera; Dora Moreira e Gabriela Palha no som direto; Dandara Thainá na assistência de direção; Clara Matos, vulgo Cenosfera, nossa diretora de arte que trouxe Elis Brito na caracterização e Vitória Maria Matos como assistente de arte; Nathália Procópio como diretora de produção; Nathália Luz como logger; Alessandro Wilber na maquinária e elétrica e Ademir Messias como seu assistente; Milena Abreu no still e making of; Jorge Martins e Edson Nascimento como os motoras; Nadjara Souza na alimentação; e Benin Garvey como segurança.

Quando pensei no papel de Alana, especialmente como ela havia ficado na última versão do roteiro, uma mistura de muitas amigas que me apoiaram durante o processo do aborto, senti que Dani Souza seria perfeita pro papel. Conheci Dani há alguns anos numa viagem pro Capão e desde então sou admiradora dela e do trabalho dela como atriz – não tinha jeito, era ela nossa Alana. Fora que eu tinha certeza que o combo de Laís e Dani seria sensacional, tanto na tela quanto no set, e não deu outra, pode perguntar pra qualquer pessoa que participou do projeto.

Como locações, a gente precisava de apenas uma locação pras cenas internas, que seria o apartamento que Eva e Alana dividiam no filme. Como nossa verba tava curta, o apartamento acabou sendo o que eu moro mesmo, e eu acabei indo passar o período de pré e gravações no apê de meus pais. Minha vó adorou isso, é claro rs, mas quem já usou a própria casa de locação sabe como é uma loucura hahaha. De resto, a locação externa já estava definida desde o ano anterior, quando fizemos visitas técnicas: três pontos específicos da praia do Rio Vermelho, uma praia que faz parte de muitas memórias da minha vida, em especial desse momento que vivi o aborto espontâneo.

 

No mais, a pré-produção era a hora da gente se reunir, produzir os documentos como mapa de luz (e aqui agradeço mais uma vez a Alan dos Anjos por essa e tantas outras ajudas com o filme!), planejamento de cenários e objetos de cena, as ordens do dia e muito mais. Era hora de deixar tudo no trinco e se preparar pra gravar!

produção

Gravamos 56 Dias ao longo de 6 diárias – 4 das quais foram gravadas no meu apartamento, com apenas uma noturna, e 2 das quais foram gravadas na praia do Rio Vermelho. Reservamos a primeira diária para o pré-light dos cenários e para testarmos todos os equipamentos, fazendo os últimos ajustes para gravarmos.

 

No curta, o mar é um elemento muito importante, então eu e Dora estabelecemos que gravaríamos muitos sons de mar nas cenas externas, para usarmos na fase de montagem, e também que usaríamos um ruído branco ao longo do filme, às vezes mais potente, às vezes menos potente, porque esse ruído branco, além de remeter ao mar, remeteria também ao som das contrações do útero ou mesmo do som de um batimento cardíaco. Ter essa noção já durante a fase de pré-produção nos ajudou muito na fase de gravação do curta, já pensando no que seria necessário para o momento da montagem.

 

Ao longo desses dias de gravação, precisamos fazer algumas adaptações em cenas, falas, planos nos quais havíamos pensado inicialmente, mudanças que acontecem mesmo quando a gente tá gravando.

Uma dessas mudanças, por exemplo, foi na diária noturna que gravamos aqui em casa. Tivemos um atraso no transporte, porque a van pegou um engarrafamento gigante pra chegar no set, e isso acabou atrasando todo o planejamento da diária. Sentei com Dandara, nossa AD, e revisamos a ordem das cenas. Tinha uma em específico que tinha que ficar por último, porque envolvia mexer na iluminação e no cenário de forma definitiva, mas de resto reordenamos as cenas por ordem de prioridade. Se fosse o caso de cair alguma das cenas, tinha de ser uma que não mudaria completamente o filme. E foi o que teve de acontecer, a gente teve de pular a gravação de uma cena pra dar tempo de gravar as outras e liberar todo mundo no horário combinado. Mas o fato de que a gente tinha em mente qual era a motivação do filme nos ajudou a saber quais cenas eram essenciais para contar essa história e quais cenas seriam tristes se saíssem, mas não alterariam o cerne da história em si.

Pra ser bem sincera, esse foi o único percalço que tivemos. Claro, depois que as gravações passaram e olhamos o material bruto pra montagem, sempre surge aquela pulga atrás da orelha falando que você deveria feito x ou y coisa diferente, mas esse foi um dos sets mais legais que eu já fiz parte e sou muito grata por isso, porque todo mundo chegou junto mesmo pra gente fazer essa história acontecer.

 

Aproveito pra agradecer aqui a Petrus Pires, da Igluloc; Marcus Federico, da Taboca Equipamentos; a Zaine Rheinschmitt, da Funceb; à mãe de Sté, Ana Paula Souza, por ceder vários dos objetos de arte da própria casa; e, é claro, a meus pais (Augesir Carvalho e Rose Freitas) pelo apoio sempre <3

 

E sabe o mais incrível de ter um set majoritariamente de mulheres pra fazer um filme com esse tema de aborto espontâneo? Ouvi de muitas pessoas da equipe que isso aconteceu com elas ou com pessoas que elas conhecem. Acho que esse sentimento de querer se acolher e de querer que ninguém se sinta só quando passa por um aborto espontâneo é transposto pra tela quando toda a equipe tá fazendo com essa intenção. Espero que vocês vejam todo o carinho que colocamos nesse filme quando o assistirem.

Dito isso… vocês sabem que o negócio só acaba quando termina, né?

pós-produção

Depois da gravação, partimos pra montagem e finalização do filme. Na montagem, contamos com a incrível Iris de Oliveira; e no desenho de som, Dora continuou o trabalho com o som captado por ela e Gabi. Foi nesse meio tempo também que Sofia Costa entrou na equipe como designer – e eu já sabia desde o início que seria ela que faria as peças gráficas do filme por conta de tantos projetos que já fizemos juntas.

 

E como quem tem amigues tem tudo, pude contar com Matheus Pirajá na finalização de cor e Lua Fernandes fez a parte de motion graphics; e na trilha sonora da versão de 34 minutos contamos com trechos de Temperatura, de Josyara; Lokachora, de Rei Lacoste, Giovani Cidreira, Mateus.M e Vicente Koko; e uma vocalização chique e lindérrima feita por Laís Machado, Dani Souza e Mayara Fernandes e editada por Dorinha na pós.

Parece doido pensar que a gravação durou seis dias e a pós-produção durou meses, mas quem é faz cinema (ou qualquer tipo de arte) independente bem sabe como os processos são. Começamos a pós-produção em fevereiro de 2023 e terminamos em dezembro do mesmo ano, com alguns ajustes feitos ainda em janeiro de 2024.

distribuição

Tá, o filme ficou pronto, e agora?

Agora a gente está se preparando para lançar e distribuir o filme. Isso quer dizer que vamos iniciar uma nova etapa com os processos necessários para isso: já fizemos o DCP, que é o arquivo usado pra exibição nas telas de cinema; vamos fazer os recursos de acessibilidade; e, é claro, fazer muitas inscrições em festivais.

 

Normalmente, seria uma fase bem solitária porque eu sou a minha própria empresa (insira aqui aquele meme do Roberto, CEO; Beto, RH; Betinho, atendimento) e à essa altura todos da equipe já realizaram seus trabalhos, maaas há uma boa novidade pra essa etapa: inscrevi um projeto de distribuição do curta num dos editais da LPG e ele foi aprovado!

 

Com isso, vamos receber uma verba pra produzir uma campanha de impacto, produzir esses recursos de acessibilidade e todas as outras coisas que tornarão possíveis a distribuição desse filme por aí.

Espero que tenham gostado desse making of looongo e cheio de curiosidades dos nossos bastidores. Deixo vocês com algumas fotos e com a nossa ficha técnica ;)

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créditos

CO-REALIZAÇÃO

Lua de Maré Produções

Transatlântica

APOIO FINANCEIRO

Fundação Cultural do Estado da Bahia

Secretaria de Cultura da Bahia

Secretaria da Fazenda

Fundo de Cultura

Governo do Estado da Bahia

ELENCO

Laís Machado

Dani Souza

FIGURAÇÃO FELINA

Ceci & Maeby

ELENCO DE APOIO

Beatriz Pinho

Elen Rodrigues

Elisa Maria Souto

Lais Cristina

Luana Reis

Maiara Nascimento

Meniky Marla

Negro Du

Silara Aguiar

Spike Luu

Stéfane Souto

Tais Grecco

Thales Henrique Albieri

Vitória Maria Matos

Direção, Roteiro & Co-Produção Executiva | Lara Carvalho

Co-Produção Executiva | Stéfane Souto

Assistente de Direção | Dandara Tainá

Direção de Produção | Nathália Procópio

Assistente de Produção | Mayara Fernandes

Direção de Fotografia | Fabíola Silva

Assistente de Câmera | Bruxa Pr3t4 Audiovisual

Logger | Nathália Luz

Maquinária e Elétrica | Alessandro Wilber

Assistente de Maquinaria | Ademir Messias

Still & Making Of | Milena Abreu

Som Direto | Dora Moreira e Gabriela Palha

Direção de Arte | Clara Matos - Cenosfera

Assistente de Arte | Vitória Maria Matos

Caracterização | Elis Brito

Montagem | Íris de Oliveira

Cor | Matheus Pirajá

Motion Design | Lua Fernandes

Desenho de Som | Dora Moreira

Transporte | Jorge Martins e Edson Nascimento

Alimentação | Nadjara Silva Souza (Nad Refeições)

Design Gráfico | Sofia Lima

Segurança | Benin Garvey

Distribuição | Lua de Maré Produções

Coordenação de Distribuição | Lara Carvalho

Assistente de Distribuição | Rafael Saraiva

AcessibilidadeAD)))arte Acessibilidade

Audiodescrição e Narração | Adriana Urpia
Consultoria da AD | Andrea Mesquita
LSE | Equipe AD)))arte
Libras | Beatriz Lopes
Gravação/Edição | Sergio Nunes

AGRADECIMENTOS

Alan dos Anjos

Alessandro Wilber

Ana Carolina Beraldo

Ana Luiza Trancoso Cohen Britto

Ana Paula Souza

Angelo Aziz

Augesir Carvalho

Blenda Tourinho

Bruna Cook

Casa da Felicidade

Cyro Assahira

Daiane Oliveira

Daniel Barral

Daniel Pereira Rocha

Day Sena

Erick Lawrence

Flávia Santana

Flora Rodriguez

Flora Tavares

Gabrielle Guido

Giro Planejamento Cultural

Ilce Maria Marques de Carvalho

Italo Oliveira

Jessica Reis

João Araújo

Juliomar César

Laís Lage

Lavinia Dias

Lázaro Brito Borges

Leandro Afonso

Leide Aziz

Leonardo Lorenzo

Leonardo Pellegrini Freitas

Liane Durão de Carvalho

Lícia Maria de Carvalho Gomes

Lucas Reis Mota

Luisa Maciel

Luma Flôres

Marcelo Lima

Natália Beretta

Natália Gonçalves

Nilo Batista da Silva Junior

Olga Lamas

Povoado de Vila Aparecida, Bahia

Rafael Saraiva

Rafaela Lopes

Raiça Bomfim

Raisa Andrade

Tainana Andrade

Tais Moruz Bichara

Victor Brasileiro

APOIADORES

IgluLoc

Taboca Equipamentos

TRILHA SONORA

Lokachora

Composição: Rei Lacoste, Giovani Cidreira, Vicente, Mateus Moreira

Interpretada por: Rei Lacoste, Giovani Cidreira, Vicente, Mateus Moreira

Produção Fonográfica: Rei Lacoste e Zepeto

Cortesia: Rei Lacoste

Temperatura

Composição/Interpretada por: Josyara

Warner Chappell Music Brasil Edições Musicais Ltda.

 

Vocalizações

Laís Machado, Daniela Souza e Mayara Fernandes

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