sobre

Lara Carvalho é soteropolitana, roteirista, diretora e pesquisadora de cinema e audiovisual.

Atua como professora de Cinema e Audiovisual na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também se graduou em Produção Cultural.

É doutoranda na linha de Culturas da Imagem e do Som e mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas, ambas pelo Póscom/UFBA. Integra o grupo de pesquisa (An)arqueologias do Sensível, desenvolvendo investigações sobre cinemas feitos por mulheres, cineastas latino-americanas e questões do corpo, do sensível e da ritualidade no audiovisual.

Com mais de uma década de atuação no audiovisual, transita entre criação artística, ensino, pesquisa e curadoria.

Foi Coordenadora Audiovisual da 3ª Bienal da Bahia (2014), onde roteirizou e dirigiu o documentário 3ª Bienal da Bahia e a websérie MAM Flamboyant. Foi produtora audiovisual colaboradora do MAM-BA e do Goethe-Institut Salvador.

Desde então, assinou o roteiro e a direção de Lunáticas (podcast documental) e Meridianos (podcast híbrido com apoio do Instituto Serrapilheira) e integrou a equipe de roteiro das séries Malika, Fórmula Dreams e Damiano. Criou a série Escorço, que foi finalista do Sundance Episodic Lab (2020) e co-criou a série de animação Hyperkart.

Fez parte da sala de roteiro do projeto A Morte e o Renascimento de Lampião e Maria Bonita, que começou como longa de ficção e está em processo de adaptação para HQ. Desenvolveu o longa de ficção Quitéria e o podcast O Culto.

É vencedora do Concurso Narratologia 2023 e semifinalista do Guiões (2021 e 2022).

Também atua como docente em cursos livres e oficinas, como Linguagem Cinematográfica, Narrativas Climáticas, História da Mulher no Cinema e Narrativas Televisivas. Publicou os livros digitais Uma (Breve) História das Mulheres no Cinema (2022), pelo Prêmio Delmiro Gouveia, e Cinema: substantivo feminino (2024), que mapeia constelações de filmes latino-americanos dirigidos por mulheres.

Atualmente, está em fase de distribuição do documentário infantojuvenil Menarca e do curta de ficção 56 Dias; em produção do curta de animação Mar Subversivo e em fase de desenvolvimento do seu primeiro longa de ficção, Até o Amanhecer. Também integra os projetos Mapa Cultural de Itaparica, Campos Rupestres e Festa de Literatura e Roteiro.

feitiço é feito de palavra.

se a gente pensar assim, contar uma história é meio ilusão e meio encantamento. tanto a magia quanto o processo criativo são um acúmulo de referências; um repertório de símbolos, interpretações, linguagem. no fim das contas, é tudo isso que nos ajuda a criar e contar histórias.

criar histórias é olhar para cima, ter o céu como limite, constelar as palavras como estrelas e ler um mundo imaginado nessa via láctea de possibilidades.

colocado assim, não soa como um feitiço? um trabalho um pouco mágico? a capacidade de contar histórias é inerente aos seres humanos. gosto de pensar que isso significa que temos uma capacidade para a magia. não é porque não podemos vê-la que ela não existe.

quando penso nisso, lembro de um ditado árabe que diz assim: não declare que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado.